Gamasutra:

Mas a observação que mais me surpreendeu foi como as pessoas que não tinham ideia do que era Spore reagiram à ideia do editor de criaturas. Na minha perspectiva, é uma ferramenta de criação brilhante e elegante. Mas para eles, era uma interface não muito familiar para algo que parecia um desafio.

Eu estou acostumado a viver em um mundo repleto de antecipação por Spore — em qualquer conferência, eu teria batalhado até conseguir alcançar o lugar mais próximo da tela. Mas no meio dos novatos, houve uma quantidade significante de incerteza e ansiedade. As pessoas não estavam muito certas se seriam capazes de construir algo, mesmo encorajadas e com exemplos. Um até mesmo disse, no meu ouvido “Eu não sou muito criativo desse jeito”. Eu achei essa reação fascinante.

Eu tenho certeza de que nem todo o mundo sente apelo por Spore, principalmente porque é um jogo bem lúdico e não realista. Mas eu acho que, para quem gosta desse estilo de visual, Spore vai apelar para muita gente, mesmo quem não gosta de jogar um jogo com fases e objetivos, justamente porque as ferramentas de criação não são bloqueadas dentro do jogo; enquanto que quem não quer criar suas criaturas e edifícios e veículos pode só usar uma que gostar na Sporepédia. É o melhor dos dois mundos.

O Gamasutra postou um artigo em que debate se Spore é para todos. Os argumentos são válidos, aí vai o trecho interessante:

A observação que me surpreendeu é que a maior parte das pessoas não está familiarizada com a ideia de reação do Spore ao Criador de Criaturas. Da minha perspectiva, é uma ferramenta de criação engenhosamente brilhante, construída elegantemente. Mas para a maioria das pessoas é uma interface diferente do que elas estão acostumadas a lidar.

Eu estou louco para criar com o Spore — nas últimas conferências eu pude batalhar com minhas criaturas ali, no ato. Mas a maioria dos novatos não se sentia suficientemente encorajado a criar e construir algo novo. Um deles olhou para mim e cochichou: “eu não sei se sou tão criativo assim”.

CNN:

A EA vem trabalhando com o “Spore” com a Maxis, o estúdio por trás da franquia mega-popular “The Sims”. O jogo permite que você crie seu próprio universo pessoal e o povoe com criaturas — também criadas pelo usuário — que evoluem em diferentes estágios da vida.

O jogo também traz elementos de redes sociais para dentro da jogatina. Embora não seja um jogo de multiplayer massivo como “World of Warcraft”, os jogadores de “Spore” podem visitar mundos criados por outros jogadores. O jogo possui um elemento online poderoso, o principal motivo que o jogo que vai ser lançado em setembro só vai aparecer no PC, e não nas plataformas da próxima geração.

“O que nós fizemos aqui é criarmos uma rede social dentro de um jogo”, disse Lucy Bradshaw, produtora de “Spore”.

O título também vai estar disponível para o portátil da Nintendo, o DS, e Bradshaw deu a entender que o jogo eventualmente irá aparecer nos outros consoles. “Nós vamos evoluir em diferentes territórios. Eu enxergo essa como uma primeira versão”, ela disse.

Tá certo, o artigo não é sobre Spore mas vale a lida. A CNN escreveu sobre os “jogos explosivos” de 2008, onde estão Grand Theft Auto IV, Super Smash Bros. Brawl, LittleBigPlanet e Spore, é claro.

Para a CNN, Spore introduz o conceito da Web 2.0 aos games, uma conexão entre os usuários que criam o próprio jogo (algo que acontece com a chamada web 2.0, a criação de conteúdo por parte dos visitantes dos sites).

Um novo vídeo do Spore foi divulgado hoje, focado no estúdio da Maxis e como o pessoal trabalha lá. É bem bacana e vale a conferida: