1Up: Prévia de Spore na E3

1Up:

Se tudo isso parece difícil de entender agora, você não está sozinho. O escopo de Spore é simplesmente gigante. Mas uma coisa está muito clara já nos primeiros cinco minutos dessa deslumbrante demonstração: não há um jogo mais original ou promissor no saguão de eventos esse ano do que Spore. Enquanto outras empresas se preocupam em adquirir licenças de filmes ou seguir as últimas novidades (“Veja! Nosso FPS tem modelos de física!”), Will Wright provou novamente que pura imaginação e cérebros são os melhores recursos. Spore é, ao menos na opinião desse escritor, de longe o melhor da E3.

GamesRadar: Spore - O jogo mais incrível de todos?

GamesRadar:

Você procura por vida ao passar o mouse por cima das estrelas e ver se existem ondas de rádio saindo delas — se você ouvir um chiado, existe vida lá. Então você pode ir lá e explorar, ver que tipo de criatura diferente existe e coletar seus dados, e então sair dali ou matar todo mundo, colonizando o planeta para si.

O principal, porém, é que existem centenas de milhares de sistemas estelares sendo gerados pelo jogo, muitos com vida. E, já que há formas diferentes que criaturas únicas podem ser criadas nesse jogo, você nunca vai ver a mesma coisa duas vezes.

O computador então vai gerar espécies aleatoriamente e, considerando o tamanho e a escala do jogo, você pode ver novas criaturas em novos planetas nesse jogo pelo resto da sua vida — esse realmente vai ser um jogo sem fim.

Isso não é especulação. Nós vimos o jogo rodando e, muito em breve, você também verá. A única questão é: como Wright vai justificar uma sequência?

Entrevista de Will Wright na Wired

Novas informações sobre Spore foram divulgadas numa entrevista de Will Wright para a Wired (leia aqui, em inglês). Will menciona que não haverá o desenvolvimento de religiões no jogo, mas que isso pode ser feito pela imaginação do jogador, já que a postura “cultural” na fase de civilização é pseudo-religiosa.

Will Wright também diz que planeja que expansões pro jogo devem torná-lo mais amplo do que aprofundá-lo. Isso significa que ele quer pegar partes do jogo e adicioná-las em outras ideias diferentes, mas que usam a mesma tecnologia.

A tecnologia de animação é o que mais anima o Will. Ele comenta que a Maxis criou uma tecnologia de animação processual, que é totalmente nova. O jogo vai calcular como a disposição das “partes” das criaturas devem se comportar sem a necessidade do jogador se preocupar com isso na hora da criação.

Sobre as inspirações: além de Powers of Ten e 2001: Uma Odisseia no Espaço, referências que todo o mundo usa na hora de falar de Spore, Wright diz que muitas outras inspirações vem de livros de ficção científica, e também pelo seu interesse no projeto SETI, que é um movimento de pesquisa sobre vida fora da terra. Ele também diz que pretende, com Spore, dar “uma visão global e inspiradora da realidade, como uma epifania induzida pelo computador”. O jogo vai trazer discussões teológicas, filosóficas, ao mesmo tempo que precisa ser divertido e jogável.

IGN: E3 2005: Spore

A IGN dividiu sua prévia nos vários jogos que Spore tem dentro dele:

(Falando do compartilhamento de conteúdos) Esse é o tipo de coisa que mais anima Will, porque adiciona o sentimento de uma experiência multijogador massiva ao mesmo tempo que você não precisa se preocupar que está estragando o jogo de alguém quando explodir um planeta ou ter alguém que exploda o seu planeta.

[…]

Finalmente, Will afastou a câmera uma última vez para mostrar o último nível da escala que nos fez nos perguntar, “esse cara está louco?”. A resposta é, provavelmente, sim. A última visualização nos mostrou que as centenas de planetas no jogo Interestelar era apenas uma pequena fração da galáxia gigante onde cada estrela pode ter um potencial inimigo, aliado, ou colônia.

As colorações de sua criatura possuem vantagens ou desvantagens? Existe uma evolução física que você precise fazer antes de evoluir o cérebro? As criaturas podem desenvolver roupas? Planetas continuam a terraformar mesmo depois de você viajar para outro lugar? Essas são apenas uma pequena fração da galáxia de perguntas que nós temos agora. Por causa da falta de tempo, não foi possível fazer uma seção de perguntas e respostas.

GameSpy: A próxima obra-prima de Will Wright coloca o universo em suas mãos

A prévia da GameSpy na E3 2005 não poupa elogios:

Wright explicou que o verdadeiro objetivo do jogo é permitir que os jogadores criem coisas, e que permita que eles compartilhem com facilidade suas criações com outros jogadores. Então, a ideia não é que você vá em um site para baixar coisas; ao invés disso, novo conteúdo será constantemente trazido para seu jogo para que você experimente, e você não vai precisar levantar um dedo. Da mesma forma, as coisas que você cria serão enviadas para o éter para que outros jogadres experimentarem.

[…]

Nós descobrimos que podemos evoluir nossa espécie totalmente embaixo d’água. Se você tem golfinhos ultra-inteligentes, você pode construir cidades inteiras embaixo do oceano. É interessante que, quando essas criaturas colonizarem outros planetas, elas vão construir domos ao redor de suas cidades e enchê-los com água.