Na última quinta-feira (23) o Spore finalmente foi demonstrado pra imprensa na
Games Convention, na cidade alemã de Leipzig.
A gente descobriu alguns detalhes com essa demonstração. A maior delas, talvez,
seja que a fase da Cidade não existe mais. Quer dizer, ela existe, mas agora
ela faz parte da fase da Civilização — você cria uma cidade, os edifícios e os
veículos quando começa a fase. Acho que é algo como o que aconteceu com a fase
da Terraformação, que foi anunciada em 2005 mas que desde então parece ter sido
“engolida” pela fase do Espaço (já que sempre pareceu um tutorial para a fase
mesmo).
Enfim, como fizemos com a E3 do ano passado, não vamos traduzir as prévias
completas publicadas pelos sites por aí. Preferimos fazer um resumo do que foi
mais interessante e do que descobrimos de novo a seguir.
Os cinco estágios de luto Spore (Kotaku):
Nós tivemos a chance de assistir a uma longa demonstração de Spore hoje que
teve desenvolvedores jogando as primeiras quatro das cinco fases do jogo.
O jogo inicia com uma galáxia repleta de estrelas brilhantes. Clicando em
qualquer uma das estrelas abre um pequeno menu que permite que você inicie
um novo jogo. Quando você inicia o jogo a câmera se aproxima da estrela,
seguindo um meteoro de gelo e rocha, passando por outros planetas, estrelas e
finalmente entrando na atmosfera do planeta que você selecionou, derretendo e
se quebrando até que atinge o continente, explodindo e espalhando fragmentos
em poças d’água.
O jogo então entra na primeira fase, um nível celular que parece um pouco com
flOw, mas com mais personalidade e cor. Sua criatura inicial é gerada
aleatoriamente. No caso da demonstração, a criatura era uma coisa azul em
forma de pêra com uma cauda bulbosa, três tentáculos na face e dois olhos
grandes.
Prévia de Spore (GameSpy):
Ouvir sobre o que é Spore e vê-lo em ação são duas experiências totalmente
diferentes. Afinal, como você pode começar a compreender um jogo em que você
começa como um simples organismo microscópico e depois evolui para uma espécie
espacial a fim de explorar — e talvez conquistar — o cosmos? Como seria um
jogo como esse? Como ele funciona? Não seria extremamente complicado? Hoje
recebemos respostas para todas essas perguntas e muito mais durante uma breve
demonstração em portas fechadas na Games Convention em Leipzig.
A vida primitiva era simples, cheia de organismos unicelulares nadando em uma
gosma pré-histórica. É aqui que Spore começa a ensinar os básicos. Como um
simples organismo unicelular, você nada por aí e come bolhas e cresce. Com o
tempo, você vai encontrar peças de criatura. Elas podem ser encontradas ou
adquiridas atacando outro organismo. Depois de coletar uma determinada peça,
você pode usá-la no criador de criatura e adicioná-la às suas habilidades.
Durante a demonstração, por exemplo, um desenvolvedor conseguiu capturar um
organismo com “asas”. Depois disso, ele poderia adicionar aquelas asas ao seu
organismo.
[…]
Você não vai progredir sozinho. Conforme você evolui, todas as outras
criaturas do planeta também vão evoluir. Suas criaturas vão acasalar e, quando
fizerem, você terá acesso ao editor de criaturas para progredir no caminho
evolutivo de suas criaturas. Quando sua criatura ficar mais complexa, suas
habilidades vão aumentar. Eventualmente você poderá dançar, gesticular, e até
mesmo usar ferramentas. Além disso, cada criatura que você encontrar durante o
jogo será criada por outro jogador. Cada criação é armazenada em um servidor
para que todos possam encontrá-los.
Não importa quão malvado você seja, você ainda vai querer fazer amigos porque
precisará construir uma tribo. Uma vez que você tenha uma tribo, poderá
comprar ferramentas para ajudar a aldeia a tornar-se mais eficiente, seja para
coletar alimentos, travar guerras, fazer mais amigos ou até aumentar a
população. Uma vez que você chegar a este estágio, o jogo vai jogar muito como
um jogo simplificado de estratégia em tempo real. Você será capaz de atribuir
tarefas diferentes a criaturas diferentes, então você terá roupas de
“embaixadores” para suas criaturas sociáveis, e roupas de caçadores e coletores
para as criaturas responsáveis pela coleta de alimentos e caçar. Isso ajudará
você a acompanhar quem está fazendo o quê.
Impressões de Spore (IGN):
Conforme fomos criando mais funções em nossa tribo, aproveitamos para
diferenciá-los visualmente. Há um editor de acessórios e cores prático que
você pode usar em cada nova função para que você possa identificar facilmente
seus caçadores e seus coletores. Nesse caso, equipamos nossos caçadores com
dois chapéus (um para cada cabeça), uma folha de figo e uma pintura nada
ameaçadora.
Indo para a natureza, nossos coletores tropeçaram na aldeia da tribo que
havia nos atacado antes. Já que havíamos derrotado vários deles, a aldeia era
habitada por apenas um indivíduo cujo ódio por nós parecia insaciável. Ele não
estava disposto a arriscar um ataque contra toda a nossa trupe, mas ele não
concordava em se juntar à nossa tribo, mesmo depois que trouxemos uma
considerável porção de comida.
Vendo que ele não ia ceder e temendo que ele causasse problemas mais tarde se
fosse deixado por conta própria, nós decidimos incorporá-lo à força na nossa
tribo, destruindo sua cabana. Como ele foi incapaz de nos impedir de destruir
a cabana principal, ele não teve escolha senão se juntar à nós. Com mais e mais
criaturas sendo adicionadas à nossa tribo, não demorou muito para que os quinze
membros necessários para começar a fase de Civilização fosse alcançado.
GC 2007: Impressões de Spore (GameSpot):
Como mencionamos antes, a fase Tribal de sua evolução assumirá uma forma
parecida com um jogo de estratégia em tempo real simplificado. Você terá uma
base, enviará criaturas para obter recursos — coletando frutas, caçando ou
pescando — e você inevitavelmente terá que interagir com outras tribos em
algum momento. Durante nossa apresentação, observamos uma tribo tentar fazer
amizade com outra, levando presentes de comida. Isso não deu muito certo na
hora, então nós conseguimos ver uma batalha entre as duas tribos, que foi
resolvida quando a tribo que atacava conseguiu destruir a cabana principal dos
que defendiam. Qualquer inimigo que ainda não havia sido morto se rendeu para
se juntar à tribo vencedora.
Conforme sua tribo vai crescendo e estocando alimentos, você terá acesso a
armas, ferramentas e estruturas mais avançadas. Bastões primitivos vão se
transformar em machados, por exemplo, e uma das primeiras estruturas que foi
adicionada à tribo conforme ela foi ficando maior foi uma tenda de cura. Outro
recurso interessante que vimos em ação durante a fase Tribal foi a opção de
criar roupas diferentes para suas criaturas que possuem determinadas “funções“.
Peças como capacetes e tangas não pareciam adicionar nenhum atributo, mas
quando colocamos uma “pintura de guerra”, era fácil de ver quais eram os
soldados.
Quando a tribo atinge quinze integrantes (nosso apresentador estava usando
cheats para acelerar bastante o processo), a terceira fase chegou ao fim.
Antes de sair da sala da apresentação, pudemos dar uma breve olhada na quarta
fase, Civilização. Você poderá projetar edifícios e veículos terrestres,
aquáticos e aéreos usando ferramentas muito semelhantes àquela que são usadas
com as criaturas. Vimos um edifício que parecia algum tipo de monumento, vimos
fuscas futuristas e vimos até mesmo um esquadrão de aeronaves militares se
aproximando do que parecia ser uma cidade inimiga. Era difícil de ver algo que
fosse mais distante da nossa exploraçào solitária pelo continente habitado por
criaturas coloridas que havíamos testemunhado antes, e quando a apresentação
chegou ao fim foi difícil não ficar impressionado com o escopo e a escala da
visão de Spore.