UOL experimenta Spore

A EA Brasil chamou alguns veículos de imprensa para dar uma jogada no Spore e o UOL Jogos já postou suas impressões. Leia-as abaixo, ou clique aqui para acessar pelo site.

"Spore" traz um universo de possibilidades; UOL testou

Se você acompanha a indústria dos games, nos últimos cinco ou seis anos você deve ter ouvido o nome "Spore" uma centena de vezes. Não é para menos: o jogo de Will Wright, criador de "The Sims" e "Sim City" é um ambicioso simulador de vida que vai muito além de suas criações anteriores, permitindo que você desenvolva espécies de criaturas ao longo de eras, passando por diferentes estágios de evolução da vida, até conquistar galáxias inteiras. Para isso, o jogo se divide em cinco estágios principais, cada qual com uma mecânica própria, tomando como inspiração jogos consagrados como como "E.V.O.: Search for Eden", "Civilization", "Black & White" e mesmo alguns mais recentes, como "Flow".

Evolução natural

Em nossos testes na versão completa de "Spore", pudemos brincar um pouco com cada um desses estágios, começando pela fase celular, na qual você controla uma insignificante ameba em um ambiente aquático. Antes de tudo é preciso decidir se sua criatura será herbívora, carnívora ou onívora. A partir daí, você precisa comer outras criaturas ou plantas para adquirir pontos de DNA, que podem ser trocados por novas características que ampliam as chances de sobrevivência de seu ser vivo, como espinhos, glândulas que liberam toxinas, tentáculos, membranas etc. Como na cadeia alimentar, há sempre espécies maiores e mais evoluídas que a sua, portanto, além de comer, é preciso fugir para nao virar alimento de outras criaturas.

Naturalmente, o jogo resume em pouco menos de meia hora o que seriam milhares de anos de evolução, mostrando na forma de um gráfico intuitivo como sua criatura se desenvolveu no decorrer da era. Após ganhar membros inferiores e um cérebro, mesmo que bem pequenininho, você já está pronto para descobrir um mundo completamente novo - ou continuar na fase celular por quanto tempo achar necessário.

Na fase terrestre, as coisas se tornam bem mais complexas, pois além de sobreviver, você precisa se comunicar com outras espécies (algumas não tão amigáveis) através de dancinhas e cantigas, e explorar um mundo inteiro, em busca de alimento, ninhos e "itens" que lhe garantem novas características para a evolução de sua criatura.

Nessa fase a influência dos jogos de RPG já fica bem evidente: ao gerar um novo ser de sua espécie (através de uma cômica dança de acasalamento entre duas criaturas) você pode adicionar as novas partes conquistadas ao corpo de seu bicho, garantindo pontos de ataque e saúde, por exemplo. Criaturas com longos braços e pernas podem alcançar o topo das árvores, permitindo coletar as frutas mais nutritivas; já garras e dentes afiados lhe garantem mais pontos de dano durante as lutas.

Como já foi demonstrado com o lançamento do "Criador de Criaturas" em julho, a ferramenta que serviu como aperitivo para "Spore", praticamente não há limites para suas criações. Com o movimento do mouse e alguns cliques, você cria sua espécie da maneira que desejar, aumentando e diminuindo membros, tronco e cabeça; adicionando, removendo e alterando partes do corpo; modificando sua estrutura; definindo cores, texturas e mais. Trata-se de uma ferramenta tão poderosa e divertida que você pode se esquecer do jogo em si apenas para ficar explorando as possibilidades de criação.

Até que você esteja evoluído o suficiente para chegar à fase tribal, é preciso completar uma série de missões, como matar um determinado número de criaturas rivais, formar alianças com outras mais amigáveis e por aí vai. Apesar do extenso mundo e das muitas coisas a descobrir, há um mapa repleto de ícones, que ajuda o jogador a se localizar, indicando os locais que ele deve visitar.

Amálgama de gêneros

Ao atingir um determinado nível de conhecimento do mundo (o que resulta em um cérebro maior), sua criatura já está pronta para entrar na fase tribal. Neste estágio, sua espécie já possui uma anatomia desenvolvida e a evolução passa a ser menos anatômica e fisiológica e mais cultural. A partir deste ponto, "Spore" se aproxima cada vez mais de um jogo de estratégia em tempo real.

Em vez de controlar apenas uma criatura, você tem poder sobre toda uma comunidade. É preciso dar comandos às criaturas, como coletar recursos naturais para a ampliação de sua tribo e gerenciar sua vila, construindo novas unidades, que dão habilidades sociais ou de combate às suas criaturas. Após um longo período de desenvolvimento e conquistas sua tribo se transforma em uma civilização.

A inspiração em "Civilization" é bastante clara, pois aqui você lida com expansão territorial, alianças e conflitos e tem de optar por uma fisolofia militar, econômica, ou religiosa. Cabe à você decidir se conquistará sua vizinhança na base do diálogo ou da força, e para isso, é preciso ficar atento não apenas ao desenvolvimento de suas cidades, geração de receita de suas fábricas e felicidade da população como também o avanço dos inimigos.

Neste estágio, em vez de personalizar sua criatura, você passa a criar edifícios e veículos para sua cidade, utilizando o "Criador de Criaturas". São milhares de opções de peças e um número infinito de possibilidades, permitindo que você dê o visual que bem desejar à sua criação. Há até mesmo um editor de hinos, este mais simples, para que você crie a música tema de sua nação.

Por fim (se é que existe um fim em "Spore"), ao conquistar todo o planeta você chega à fase espacial, que como o nome sugere, o leva ao espaço sideral, onde você encontra centenas de sistemas solares, cada qual com planetas inéditos, prontos para dar vida à espécies novas ou abrigar as já desenvolvidas.

Com sua nave (projetada por você mesmo, obviamente) é possível explorar novos planetas em busca de vida alienígena, novos recursos e, quem sabe, um novo lugar para colonizar. A imensidão do espaço de "Spore" é de cair o queixo: quase todos os planetas dos incontáveis sistemas solares presentes no jogo são habitáveis e trazem novas criaturas, diferentes tipos de terrenos e, quem sabem, alguns segredos. O grande objetivo é alcançar o centro do universo, que é na verdade um gigantesco espiral que forma o logotipo do próprio jogo. O que o espera lá dentro, ainda é um mistério.

Uma nova experiência

Apesar das poucas horas de contato com "Spore", não é exagero afirmar que se trata de um jogo com possibilidades quase infinitas de interação. Como se já não bastasse o extenso conteúdo do jogo offline, há ainda o Sporepedia, uma espécie de acervo online de criaturas, edifícios, veículos e até planetas criados por jogadores ao redor do mundo. Desta forma, seu jogo é "alimentado" constantemente por essas criações, enquanto as suas podem aparecer aleatóriamente no jogo de outros jogadores, carregando inclusive seu nome.

"Spore" é tão variado, instigante e divertido que tem tudo para ser o novo "The Sims", isto é, uma franquia capaz de agradar homens e mulheres de todas as idades e permanecer no topo das listas dos jogos mais vendidos durante um bom tempo. No Brasil, "Spore" chegará completamente em português no dia 5 de setembro.

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