SimCity 5 está chegando?

A EA tem uma mania irritante de registrar domínios que nos fazem especular sobre a produção de novos jogos. Já existe spore2.com, thesims4.com (e, até mesmo, thesims6.com). Um fato interessante aqui: a EA acabou de renovar o registro simcity5.com, que fazia um tempo que ela não renovava.

Claro, não passa de um rumor. Mas agora que a Maxis lançou Spore e Darkspore, seria uma boa hora para pensar no que estará vindo pela frente. A série SimCity, que lançou a desenvolvedora, deixou o excelente SimCity 4 em 2003 e depois se focou inteiramente no desenvolvimento de Spore. Assim, SimCity Sociedades e SimCity Creator não são considerados simuladores “oficiais” da série pelos fãs, que seguidamente criam abaixo-assinados para que a Maxis produza um quinto jogo.

Vamos acompanhar :)

Darkspore pode receber versões para PlayStation 3 e Xbox 360

Mesmo com a recepção morna, Darkspore parece ser ainda o foco da Maxis por enquanto. Segundo o currículo de Jordan Patz, designer de estágios, a empresa estaria trabalhando na conversão do jogo para os consoles PlayStation 3 e Xbox 360.

Análise: Darkspore

Quando Spore foi lançado, em setembro de 2008, muitos fãs reclamaram pelo visual infantil do jogo. A opção artística, acima de tudo, visava uma experiência de jogo expandida e livre — o que os jogadores subestimaram por não conter o realismo gráfico desejado. A jogabilidade “aberta demais”, outro que poderia ser um trunfo do jogo, acabou por ser também duramente criticada por ser simplória e carente de alguma profundidade. Salvava-se, no final das contas, os Criadores e as infinitas possibilidades trazidas por eles.

Três anos depois, a Maxis investe em uma nova empreitada. Não só para a série, mas também para a própria empresa, Darkspore é o primeiro título de progressão linear pré-definida. Ou seja, contém uma história de início, meio e fim que progredirá normalmente, seja lá qual for a decisão do jogador.

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Pois bem, Darkspore é, então, uma experiência nova no universo da franquia. Com planetas em formas totalmente diferentes, criaturas cruéis e sangue, muito sangue. É como se fosse uma releitura da criação de Will Wright coordenada por Tim Burton e Quentin Tarantino. Não há o carisma da Maxis aqui, só há a pancadaria.

E isso é, em certo ponto de vista, uma coisa boa. Darkspore é um típico jogo hack’n’slash, aqueles que você detona seu dedo de tanto apertar o botão no oponente até os golpes do seu personagem o destruir em pedaços. A jogabilidade consiste basicamente em apertar consecutivamente o botão primário em um oponente até matá-lo, e então rumar, também com o botão primário, até um outro ponto do mapa e matar mais oponentes. Esses que surgem em verdadeiras hordas pela tela.

A jogabilidade simples se une a uma interface nem um pouco intuitiva. Embora possua algumas semelhanças com a UI original do Spore, ela é atulhada de opções e comandos (muitos inúteis, vale dizer). Para quem não tem preferência pelos comandos do teclado + mouse, apenas no apontar-e-clicar, acaba sendo um marasmo jogar Darkspore.

Os gráficos, por sua vez, estão caprichados. A Maxis esqueceu a direção de arte bonita e cartunesca do título original e colocou aqui uma atmosfera escura e perigosa, com mundos originais e personagens pouco carismáticos. Os detalhes, mesmo vendo de longe, são muito bem-cuidados e o sangue está lá, jorrando dos furos que suas garras, presas e armas farão nos seus oponentes.

Alguns problemas com a física durante as fases são vistos, e não são raros. Muitos são semelhantes aos vistos no estágio de criatura do Spore, mas nada que vá afetar realmente o capricho visual. É uma pena que a direção de arte não seja tão bem cuidada. Muitos dos cenários só tem conteúdos jogados quase que aleatoriamente em cima do terreno. Uma pena.

Um grande descuido que acompanha a direção de arte é o som. Embora no menu exista uma trilha sonora muito bonita, que lembra a que Vangelis compôs para o clássico pulp “Blade Runner: O caçador de andróides”, ela não se faz presente durante as partidas. Os efeitos sonoros das rajadas dos poderes, dos personagens e de alguma coisa do cenário estão lá, mas tem baixa qualidade e parecem mais apenas ruídos.

Salva-se aí os modos multiplayer de PvP e Co-Op. A Maxis caprichou na integração entre os jogadores para completar ou batalhar por entre as missões. São poucos os lags que eu presenciei durante os testes em minha máquina e o sistema é muito fluído. Também, os servidores escolhem outros jogadores de níveis semelhantes para uma batalha mais equilibrada nas arenas.

Se na apresentação técnica Darkspore figura entre bons acertos e alguns erros, é na história que ele pena. Apresentando uma história interessante, mas muito mal contada e pouco aproveitada, ela acaba sendo apenas uma desculpa para que milhares de criaturas venham te atacar, sem muito nexo para o que acontece ou acontecerá. O desinteresse, então, acaba destruindo a vontade do jogador de descobrir o que acontecerá com o universo.

Também, a Maxis ignorou completamente a base mitológica criada com Spore e Spore Hero, sem mencionar quaisquer detalhes sobre os mistérios que esses jogos deixam (Spode, Os Grox, as tábuas, etc.). Mal aproveitando a história que criou e o que já existia antes dela, a curta campanha acaba por ser relegada ao esquecimento.

Darkspore acaba, então, sendo um título muito mediano. Com uma apresentação gráfica aceitável mas grande desleixo narrativo, o interesse do jogador acaba sendo mais nos modos multiplayer. Nem mesmo o Criador de Criaturas (mutilado, diga-se de passagem), puxa o interesse do jogador por muito tempo. É uma pena, mas não será esse o título que fará jus à revolução do título-mor.

O que estão dizendo — Darkspore

Por mais que a comunidade Spore esteja gostando de Darkspore, parece que a crítica o recebeu bem morno. O Metacritic está com quinze críticas hoje e com a média de 75/100, sendo oito críticas positivas e sete mistas. Veja o que os principais veículos estão dizendo:

Spore é uma experiência infinitamente mais única e diversificada que Darkspore, mas ao final, é muito provável que Darkspore acabe por passar mais tempo na mente do jogador. Não há nada de particularmente novo, mas a maneira que ele faz é polida e vem de convenções conhecidas pelos jogadores que vão ficar felizes em clicar nos vilões e colecionar novas partes de corpo até tarde da noite.
Nota: 85/100 — leia o artigo completo da Game Informer.

O que falta em grande variedade e narrativa, Darkspore compensa com o divertimento de combate cooperativo e personalização de personagens que se aprofunda enquanto você joga.
Nota: 75/100 — Leia o artigo completo do GameSpot.

A grande quantidade de opções de personalização eo sistema de batalha simples, mas divertido me manteve interessado o suficiente para ignorar a má execução da história.
Nota: 70/100 — Leia o artigo completo da IGN.

Eu, pessoalmente, gostei e achei muito sincera a análise do Cheat Code Central, que diz “Eu acho que temos que admitir a nós mesmos que Spore e Darkspore não são realmente os grandiosos simuladores de tudo que a Maxis estava esperando. Eles são apenas jogos divertidos que são perfeitos para passar o tempo, e não há nada de errado nisso”.

Você pode ler as outras críticas do Darkspore aglomeradas no Metacritic clicando aqui.